“O mapa não é o território” é uma expressão que aprendi durante minha formação em Programação Neurolinguística (PNL) e que enuncia um dos princípios dessa linha de trabalho.
Na Geografia, o mapa é a representação de um território e não o território em si. Fazendo uma analogia com a nossa visão do mundo, há uma diferença incontestável entre a realidade (realidade objetiva) e a experiência de realidade (realidade subjetiva). Cada um cria uma representação do mundo em que vive e apresenta comportamentos mediante esse modelo. A nossa visão da realidade, não é necessariamente verdadeira, ou seja, não é o território e sim uma representação dele – um mapa. Nossos mapas mentais do mundo não são o mundo. Reagir aos nossos mapas em vez de reagir diretamente ao mundo, acontece com frequência. O importante aqui é você perceber que nossas representações internas, ou seja, nossos “mapas pessoais”, estão longe de corresponderem 100% ao mundo externo.
Então, como formamos o nosso mapa do mundo?
Ao olhar a realidade cada um de nós faz uso de alguns filtros – Distorção, Omissão e Generalização – que servem para dar sustentação para nossas crenças, julgamentos, avaliações e conclusões.
Muitas vezes não é a realidade objetiva, que limita ou favorece as pessoas, mas sim as escolhas percebidas como disponíveis a partir de seus próprios modelos de mundo. Não existe um mapa mais verdadeiro que outro – ninguém possui o mapa correto.
Todos nós fazemos o melhor que podemos de acordo com aquilo que percebemos possível a partir do nosso próprio modelo de mundo. Por mais inadequado que um comportamento possa parecer, podemos ter a certeza que essa foi a melhor escolha disponível para a pessoa em um dado momento.
Entendendo que cada pessoa possui o seu próprio mapa do mundo e que esse mapa é baseado em suas convicções sobre sua identidade, valores e crenças, fica mais fácil lidar com as diferenças de interpretação da realidade. Algumas vezes o mapa de uma pessoa opera de uma maneira que não faz sentido para você, mas com um pouco de entendimento sobre esse processo e alguma tolerância e flexibilidade para entender o ponto de vista alheio, essa visão diferente de mundo pode enriquecer sua vida e ampliar o seu mapa.
A nossa comunicação com os demais pode ser muito beneficiada, uma vez que tenhamos incorporado o princípio da PNL – O Mapa não é Território.
Durante um processo de terapêutico, o Psicólogo deve deixar o seu mapa “atrás da porta”, para poder entender a visão de mundo de seu cliente e apoiá-lo na ampliação de seu mapa, uma vez que os mapas mais efetivos são aqueles que oferecem mais possibilidades de escolhas.
Abraços e até a próxima